Senhor, é tempo! O estio foi bem grande.
No relógio solar pousa tua sombra,
a pela pradaria o vento expande.
Amadurece a fruta derradeira:
dá-lhe dois dias mais meridionais
em que se aperfeiçoe, e exige o mais
doce sabor à pejada videira.
Quem não tem casa, agora, não a faça;
se há alguém sozinho, assim deve ficar
a ler ou longas cartas rascunhar,
nas alamedas onde inquietos passa
enquanto as folhas tremem soltas no ar.
No relógio solar pousa tua sombra,
a pela pradaria o vento expande.
Amadurece a fruta derradeira:
dá-lhe dois dias mais meridionais
em que se aperfeiçoe, e exige o mais
doce sabor à pejada videira.
Quem não tem casa, agora, não a faça;
se há alguém sozinho, assim deve ficar
a ler ou longas cartas rascunhar,
nas alamedas onde inquietos passa
enquanto as folhas tremem soltas no ar.
A poesia de Reiner Maria Rilke (1875-1926) é considerada evocadora da reflexão existencialista e influenciada pelo Expressionismo. Meu primeiro contato com a obra de Rilke se deu pela leitura de Cartas a um Jovem Poeta. Hoje, no blog Imagens, Poesias e Informações me deparei com o poema acima e, sensibilizada, resolvi transcrever para este espaço. Boa leitura.
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